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Foto: Redes Sociais |
Na manhã deste domingo (25), a população de Ubatã foi surpreendida com a retirada de uma palmeira histórica localizada no canteiro central da Avenida Landulfo Alves, no centro da cidade. A ação, realizada pela Prefeitura de Ubatã, ocorreu de forma silenciosa e sem aviso prévio à comunidade, gerando revolta nas redes sociais e sendo alvo de críticas quanto à sua legalidade.
Populares relataram que a avenida foi isolada nas primeiras horas da manhã para permitir o trabalho de máquinas pesadas. As escavadeiras atuaram na retirada da palmeira, que, segundo relatos de moradores, havia sido plantada há mais de 15 anos e já fazia parte da paisagem urbana e da memória afetiva da cidade.
O que mais indignou a população foi a falta de transparência da Prefeitura. Não houve qualquer comunicado oficial prévio sobre a supressão da vegetação, tampouco informações se foram seguidos os trâmites legais exigidos para esse tipo de intervenção. A legislação ambiental brasileira, por meio da Resolução CONAMA nº 369/2006 e da Lei nº 12.651/2012 (Código Florestal), estabelece que a supressão de árvores em áreas urbanas depende de autorização do órgão ambiental competente, estudos técnicos de impacto ambiental e, em alguns casos, consulta pública.
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Foto: Redes Sociais |
Nas redes sociais, internautas questionaram se a Prefeitura realizou os estudos de impacto necessários e obteve as autorizações legais. “É um absurdo retirar uma árvore dessas sem qualquer explicação.
Além da repercussão digital, circula a informação de que a motivação para a retirada da palmeira seria a ampliação do espaço para parada de caminhões, com o objetivo de alargar as vias da região central. A possibilidade de que interesses logísticos tenham se sobreposto ao cuidado com o meio ambiente aumentou ainda mais a revolta popular.
Diante do ocorrido, cidadãos informaram ter encaminhado denúncias ao Ministério Público local e ao Ministério Público do Meio Ambiente, solicitando apuração da legalidade da ação e, se for o caso, responsabilização dos envolvidos por eventual dano ambiental.
Até o momento, a Prefeitura de Ubatã não se pronunciou oficialmente sobre o episódio.
Redação Notícias de Ubatã